sexta-feira, 24 de julho de 2009




“ Alfabetização e letramento”

O texto analisado explicita bem a situação da alfabetização no
Brasil nas últimas décadas. Algumas pesquisas nacionais e internacionais traduzem essa lacuna e colocam o Brasil entre um dos piores índices do mundo. Segundo o teste PISA 2006 (sigla em inglês, Programa Internacional para Avaliação do Aluno), o País figura na 48º posição mundial (estudo feito com 56 países) no quesito leitura. Nesse teste, 56% dos jovens no nível um ou abaixo dele (a escala vai até cinco). Isso coloca que esses jovens só são capazes de localizar informações explícitas nos textos e fazer conexões simples. O SAEB 2003, amostra que 55% dos alunos da 4ª série, níveis de desempenho escolar crítico ou muito crítico em leitura. Neste mesmo teste, apenas 4,48% dos alunos da 4ª série possuem um nível de leitura adequado ou superior e 36,2% ainda estão começando a desenvolver a habilidade com leitura na 4ª série. O desenvolvimento da leitura e escrita também e bem reduzido de uma série para outra (até a conclusão do ensino médio).
Alguns saudositas acham que voltando as práticas aplicadas na alfabetização de nossos avós, poderíamos sanar esses problemas, contudo isso não seria a solução, pois a maioria dessas dificuldades apresentadas na leitura e escrita e derivada de politicas educacionais e sociais. Não precisa ser um grande pesquisador em educação brasileira para saber em que classe e região encontramos os maiores índices de analfabetismo. Mesmo sem politicas voltadas a erradicação do analfabetismo, podemos ver (mesmo que lentamente) uma significativa diminuição do número de analfabetos entre o século XIX e o XXI. O aumento de alfabetizados desde o século XIX até hoje, aumentou de 18% para 83%, mesmo assim é um índice baixo para um país como o Brasil. É interessante frisar o que é entendido pelos governantes como sendo alfabetização. Esse entendimento coloca que uma pessoa que domina as primeiras letras, e tem habilidade básica ou inicial de ler e escrever, pode ser considerada alfabetizada. Magda Soares, relata essa visão governamental em seu texto “A ressignificação do conceito de alfabetização nos Censos”:
(...) até os anos 40 do século passado, os questionários do Censo indagavam, simplesmente, se a pessoa sabia ler e escrever, servindo, como comprovação da resposta afirmativa ou negativa, a capacidade de assinatura do próprio nome. A partir dos anos 50 e até o último Censo (2000), os questionários passaram a indagar se a pessoa era capaz de “ler e escrever um bilhete simples”, o que já evidencia uma ampliação do conceito de alfabetização: já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever, genericamente, mas aquele que sabe usar a leitura e escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária.
O conceito de alfabetização, ganhou novas definições, que dependem do estágio em que o “alfabetizado” se encontra. Surge então a denominação “alfabetizado funcional”, aonde a pessoa é capaz de utilizar a leitura e a escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida. A ampliação do conceito de alfabetização se manifesta também na escola, na qual pensava-se que a criança só entrava no mundo da leitura e escrita, pelo aprendizado das primeiras letras e a codificação decodificação da linguagem. Contudo na década de 1980, o surgimento de concepções psicológicas, lingüísticas e psicolinguisticas de leitura e escrita vêm mostrando que, se o aprendizado das relações entre as letras e os sons da língua é uma condição do uso da língua escrita, esse uso também é uma condição da alfabetização ou do aprendizado das relações entre as letras e os sons da língua.
Nesse momento surge a visão de que alfabetizar não seria somente o domínio das primeiras letras, ele envolveria saber utilizar a língua escrita nas escrita nas situações em que essas são necessária, lendo e produzindo textos. Essa nova dimensão ficou conhecida como letramento. Servindo para designar o conjunto de conhecimentos, atitudes e de capacidades necessários para usar a língua em práticas sociais.
Podemos concluir que todas as dificuldades atuais no campo da alfabetização é decorrente de um passado de desigualdades sociais e analfabetismo, além de um presente na qual as expectativas da sociedade em relação aos resultados pedem urgência nessas soluções.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO




“ Alfabetização e letramento”


O texto analisado explicita bem a situação da alfabetização no
Brasil nas últimas décadas. Algumas pesquisas nacionais e internacionais traduzem essa lacuna e colocam o Brasil entre um dos piores índices do mundo. Segundo o teste PISA 2006 (sigla em inglês, Programa Internacional para Avaliação do Aluno), o País figura na 48º posição mundial (estudo feito com 56 países) no quesito leitura. Nesse teste, 56% dos jovens no nível um ou abaixo dele (a escala vai até cinco). Isso coloca que esses jovens só são capazes de localizar informações explícitas nos textos e fazer conexões simples. O SAEB 2003, amostra que 55% dos alunos da 4ª série, níveis de desempenho escolar crítico ou muito crítico em leitura. Neste mesmo teste, apenas 4,48% dos alunos da 4ª série possuem um nível de leitura adequado ou superior e 36,2% ainda estão começando a desenvolver a habilidade com leitura na 4ª série. O desenvolvimento da leitura e escrita também e bem reduzido de uma série para outra (até a conclusão do ensino médio).
Alguns saudositas acham que voltando as práticas aplicadas na alfabetização de nossos avós, poderíamos sanar esses problemas, contudo isso não seria a solução, pois a maioria dessas dificuldades apresentadas na leitura e escrita e derivada de politicas educacionais e sociais. Não precisa ser um grande pesquisador em educação brasileira para saber em que classe e região encontramos os maiores índices de analfabetismo. Mesmo sem politicas voltadas a erradicação do analfabetismo, podemos ver (mesmo que lentamente) uma significativa diminuição do número de analfabetos entre o século XIX e o XXI. O aumento de alfabetizados desde o século XIX até hoje, aumentou de 18% para 83%, mesmo assim é um índice baixo para um país como o Brasil. É interessante frisar o que é entendido pelos governantes como sendo alfabetização. Esse entendimento coloca que uma pessoa que domina as primeiras letras, e tem habilidade básica ou inicial de ler e escrever, pode ser considerada alfabetizada. Magda Soares, relata essa visão governamental em seu texto “A ressignificação do conceito de alfabetização nos Censos”:
(...) até os anos 40 do século passado, os questionários do Censo indagavam, simplesmente, se a pessoa sabia ler e escrever, servindo, como comprovação da resposta afirmativa ou negativa, a capacidade de assinatura do próprio nome. A partir dos anos 50 e até o último Censo (2000), os questionários passaram a indagar se a pessoa era capaz de “ler e escrever um bilhete simples”, o que já evidencia uma ampliação do conceito de alfabetização: já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever, genericamente, mas aquele que sabe usar a leitura e escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária.
O conceito de alfabetização, ganhou novas definições, que dependem do estágio em que o “alfabetizado” se encontra. Surge então a denominação “alfabetizado funcional”, aonde a pessoa é capaz de utilizar a leitura e a escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida. A ampliação do conceito de alfabetização se manifesta também na escola, na qual pensava-se que a criança só entrava no mundo da leitura e escrita, pelo aprendizado das primeiras letras e a codificação decodificação da linguagem. Contudo na década de 1980, o surgimento de concepções psicológicas, lingüísticas e psicolinguisticas de leitura e escrita vêm mostrando que, se o aprendizado das relações entre as letras e os sons da língua é uma condição do uso da língua escrita, esse uso também é uma condição da alfabetização ou do aprendizado das relações entre as letras e os sons da língua.
Nesse momento surge a visão de que alfabetizar não seria somente o domínio das primeiras letras, ele envolveria saber utilizar a língua escrita nas escrita nas situações em que essas são necessária, lendo e produzindo textos. Essa nova dimensão ficou conhecida como letramento. Servindo para designar o conjunto de conhecimentos, atitudes e de capacidades necessários para usar a língua em práticas sociais.
Podemos concluir que todas as dificuldades atuais no campo da alfabetização é decorrente de um passado de desigualdades sociais e analfabetismo, além de um presente na qual as expectativas da sociedade em relação aos resultados pedem urgência nessas soluções.


Autor: Antônio Augusto Gomes Batista

quinta-feira, 23 de julho de 2009

PROJETO DE LEITURA



Escola Municipal São Pedro.
PROJETO DE LEITURA

Na trilha do Conhecimento, descobrindo novos mundos através da leitura.

Escola Municipal São Pedro
Professores: Agnes, Cleonice, Claydson, Djanira, Gildete, Gizélia, Josiane, Marines, Maria, Simone, Sérgio, Vera.
Direção: Aroldo e Marilucia.
Coordenação Pedagógica: Giselda Monteiro.

Na trilha do Conhecimento, descobrindo novos mundos através da leitura.


INTRODUÇÃO:

“Lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas pode (nem costuma) encerrar-se nela. ”(LAJOLO, 1995).

O Projeto “Na trilha do conhecimento, descobrindo novos mundos através da leitura” tem como objetivo principal inserir o educando no mundo da leitura funcional e convencional como nos faz refletir Marisa Lajolo (1995) quando deixa entendido que “como fonte de prazer e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos limites da escola”. Pretende-se com o Projeto continuar uma jornada de leitura significativa no contexto escolar e além desse espaço, preiteamos essa meta junto às crianças desta entidade escolar no mundo da leitura significativa e que esta leitura ultrapasse os muros da escola e siga o aluno durante sua vida.
Fica em aberto tanto, para educadores, quanto para os alunos, a criação e produção de outras ementas ou subtítulos que venham a calhar no objetivo maior: a Leitura como fonte de prazer e aprendizagem.

OBJETIVO GERAL:

Inserir as crianças no mundo da leitura significativa proporcionando situações diversificadas de leitura (escrita), na busca de sanar dificuldades encontradas no cotidiano escolar nas diversas áreas de conhecimento.

JUSTIFICATIVA:

Nos últimos anos, a leitura tem sido centro das discussões nos âmbitos educacionais da sociedade. Vários Programas /Projetos foram postos a disposição da população brasileira, pelo governo para incentivar o hábito de leitura: Política Nacional do Livro, Leitura e Biblioteca (Fome de livro), entre outros. Contudo, mesmo diante da “disponibilização” da leitura ao povo brasileiro, percebe-se que este acesso, ainda não está sendo suficiente para sanar dificuldades causadas pelo não contato com a leitura constante, o que acaba causando conseqüências serias dentro das aéreas de conhecimento trabalhadas na escola, bem como, possíveis dificuldades de atuação dentro da sociedade. De acordo, com o levantamento feito na escola/conseqüentemente na comunidade, nota-se que a escola é a única fonte de ingresso para a leitura de grande parte do alunado matriculado na instituição.
A cidade de Irecê possui uma biblioteca pública a qual dispõe de um acervo muito rico e amplo para toda a população, porém, o acesso a mesma é difícil para a clientela da escola/bairro, por conta da distancia, bem como por falta de incentivo a leitura junto a população como um todo.
Diante de tais fatos, a equipe da Escola Municipal São Pedro, sente-se motivada a proporcionar essa trilhar em busca de descobrir e vivenciar novos mundos, procurando sanar através da leitura (e escrita) as dificuldades vivenciadas no cotidiano escolar e familiar. Segundo o autor francês Belleger “ a leitura basea-se no desejo e no prazer” e é justamente nesse, despertar do desejo pela leitura, que estamos buscando o prazer no ler (no aprender). A equipe da Escola São Pedro por meio deste Projeto “Na trilha do conhecimento, descobrindo novos mundos através da leitura” vem tentar proporcionar um trilhar mágico rumo a aprendizagem significativa.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

• Proporcionar leituras diversas;
• Identificar recursos para estratégias de leituras;
• Estimular a linguagem oral;
• Ter acesso e conhecer diversos tipos de textos;
• Participar de diversos momentos de leitura;
• Manusear cuidadosamente o material usado para realizar as leituras;
• Socializar momentos de leitura;
• Trocar idéias e privilegiar a construção de sentido dos textos, estabelecendo relações com a realidade os alunos;
• Aprimorar a escrita diversificada;
• Refletir sobre a linguagem oral e escrita:
• Desenvolver a escrita através da pratica de leitura;
• Despertar o gosto pela leitura, através do habito de ler, ouvir, cantar interpretar...
• Fazer parte de situações de leitura, mesmo que ainda não saiba ler convencionalmente;
• Fazer leituras de imagens;
• Buscar fazer intercâmbios entre as escolas municipais;
• Promover situações onde aconteça a leitura em voz alta;
• Proporcionar a leitura individual para estimular preferências e formar leitores autônomos;
• Compreender a natureza de relação oral e escrita;
• Identificar a função de cada tipo de texto;
• Ampliar a capacidade narrativa lingüística;
• Relacionar situações de letras no seu cotidiano;
• Ter acesso aos diversos tipos de textos;
• Compartilhar opiniões, idéias e preferências sobre leituras realizadas;
• Utilizar pistas lingüísticas para antecipação, inferências, seleção;
• Proporcionar momentos de leituras para a comunidade;
• Divulgar livros, autores disponíveis na biblioteca escolar;
• Realizar estudos literários;
• Incentivar o uso freqüente da biblioteca da escola;
• Incentivar o empréstimo de livros do acervo da biblioteca da escola;
• Buscar criar junto com os educadores a biblioteca de sala;
• Incentivar a reescrita de contos, historias...
• Confeccionar cartazes falando sobre o projeto;
• Escrever textos mediante indicações e sugestões dos educadores;
• Enriquecer o vocabulário de alunos e professores e demais funcionários;

ETAPAS A SEREM DESENVOLVIDAS:

• Levantamento de dados sobre a necessidade quanto ao aceso a leitura;
• Discussão com a equipe escolar sobre a elaboração do projeto, mediante as necessidades encontradas;
• Apresentação do aos alunos/pais/comunidade;
• Confecção de cartazes e murais para a divulgação do Projeto, feitos por alunos com auxilio do educador/a;
• Desenvolvimento das atividades pensadas para execução dentro do projeto, que proporcionem momentos de leitura;
• Visitas às bibliotecas da cidade e de Escolas mais próximas o bairro (Fundação Bradesco)
• Avaliação sobre os aspectos que o Projeto tem contribuído para a aprendizagem dos alunos (por grupo);
• Socialização dos rendimentos (e não rendimentos) no decorrer do desenvolvimento do Projeto;
• Avaliação constante das atividades realizadas dentro do Projeto e seus reflexos na/para a aprendizagem do educando, tendo a avaliação como ponto de partida para um recomeço do que não foi satisfatório;


ATIVIDADES PROPOSTAS:

• Levantamento de idéias junto aos discentes em busca de soluções para as dificuldades encontradas acerca da leitura;
• Produzir cartas (ofícios) coletivas para enviar a entidade com pedidos de doação de livros;
• Desenvolver campanhas via internet para divulgação do Projeto e arrecadação de materiais (livros) para enriquecimento do Projeto;
• Selecionar materiais disponíveis na Escola e Secretaria de Educação Esporte e Lazer para elaboração e uso do/no Projeto;
• Criar uma mini-biblioteca de sala para o acesso freqüente leitura;
• Divulgar o Projeto em todos os grupos (ano) da Escola e demais escolas da Rede Municipal e Privada de Irecê;
• Promover eventos para arrecadação de livros visando enriquecer o acervo d biblioteca da escola e de sala;
• Confeccionar fantoches, brinquedos para dramatização das leituras escolhidas;
• Dar abertura para pais, alunos e pessoas da comunidade para participar de rodas de leituras;
• Intercambio entre escolas da cidade de Irecê e outras;
• Momentos de leituras compartilhadas, individuais ou coletivas n início da aula;
• Atividades que envolvam, danças, música, teatro e outros, para enriquecimento da leitura e escrita;
• Campeonato de leitura, como incentivo á pratica da mesma;
• Leituras feitas pelo professor e pelos alunos de gêneros textuais diversificados;
• Rodas de leituras para a socialização de determinada tipologia estudas ou de sua preferência;
• Reescrita de contos, poesias, fabulas, e outros;
• Visitas às bibliotecas da cidade;
• Pesquisas e discussões acerca de determinados autores e estudados ou de suas preferências;
• Acompanhamento do Projeto através de fichas de avaliação, relatos e auto-avaliação;
• Campanhas junto à comunidade para ampliar o acervo da biblioteca;
• Buscar parcerias com ONGs. solicitando livros de literatura e outros materiais escritos;
• Escrever e revidar textos diversos para possíveis publicações de livrinhos produzidos pelos alunos:
• Promover concursos de escritas dentro da escola:
• Concurso de leitura e produção de texto;

MATERIAIS UTILIZADOS:

Livros, jornais, revistas, panfletos, cartazes, gibis, Recursos áudio visuais, material individual do aluno, recursos paradidáticos...

METODOLOGIA:

As atividades que neste Projeto foram sugeridas tem a finalidade de suprir a carência de leitura existente na Escola Municipal São Pedro e incentivar a pratica da mesma.
A literatura infantil é um começo que torcemos que para que muito não tenham fim. Ler e adquirir o gosto pela leitura, como dizem é como andar de bicicleta... Quem aprende a gostar de ler, compara a leitura com a mais deliciosa barra de chocolate, encara as mais perigosas aventuras, desvenda segredos, encontra castelos, reis, rainhas e príncipes e princesas.
O encanto é a chave para formarmos um leitor.
Vigotsky (2001), busca a interação para apropriar-se do conhecimento, cabendo ao professor o papel de mediador do processo de aprendizagem das crianças. Kleimam, (2000) nos dar suporte, visando, assim como nós, “estratégias” de leituras eficientes que permitam ao aprendiz compreensão da palavra escrita, a fim de funcionar plenamente na sociedade que impõe a cada dia mais exigências de letramento, isto é, de contato e familiaridade com a leitura/escrita para sobrevivência.
Já em artigo publicado na Revista Pedagógica (jan/fev.2007) Maria Versiane, busca compreender a idéia de leitura como uma “viagem”.
[...] gostaria de propor uma reaproximação da idéia de leitura e literatura como “viagem”, aqui entendida como possibilidade de interação que leva os leitores a experimentar o que conhecem pela via da linguagem e da imaginação. Cientes de que a viagem pode não estar livre de perigos, problemas, incômodos e qualquer tipo de descoberta, podemos voltar bem diferentes do que éramos antes de “embarcar”.
A equipe da Escola Municipal São Pedro, acredita nessa viagem ao mundo da leitura, onde também busca através de atividades diversificadas, leituras e escritas, conquistar /despertar o gosto pela leitura, bem como entra na defesa do uso funcional no cotidiano de cada um.
Somos cientes das dificuldades existentes e vindouras nesta luta em busca de envolver as nossas crianças no ato de ler e de compreender. Acreditamos que a leitura deve ser um processo que envolva a compreensão critica do ato de ler, não deixando-a esgotar-se na decodificação pura da palavra escrita. Assim como defende Paulo Freire, o ato de ler não para por aí, a leitura de mundo, sobre tudo, precede da leitura da palavra e” linguagem e realidade se prendem dinamicamente”(FREIRE, 2006)
Desejamos despertar nos educandos, pais e comunidade e em nós educadores, uma leitura que adentre nos textos, que seja lida e compreendida, saboreada como a mais gostosa barra de chocolate e não apenas uma leitura que seja mecanicamente memorizadas ou “engolidas”.
Esperamos que todos nós educadores, junto com as crianças façamos essa “viagem através da leitura e que abram as portas, que descubramos mundos, que trilhemos rumos ao conhecimento.


AVALIAÇÃO:

A complexidade do fenômeno da avaliação é realçada por Perrenoud (1990), segundo o autor, não existe avaliação sem relação social e sem comunicação interpessoal, tratando-se de um mecanismo do sistema de ensino que converte as diferenças culturais em desigualdades escolares. Por outro lado, a analise do processo avaliatório mostra que:

Não existem medidas automáticas, avaliações sem avaliador nem avaliado; nem se pode reduzir um ao estado de atores que desenvolvem determinadas estratégias, para as quais a avaliação encerra uma aposta, sua carreira escolar, sua formação. (...) Professores e aluno se envolvem num jogo complexo cujas regras não estão definidas em sua totalidade, que se entende ao longo de um curso escolar e no qual a avaliação restringe-se um momento.( 1990, p.18)

O conteúdo escolar nos permite fazer uma analise processual do desenvolvimento cognitivo do aluno. Quando percebemos os avanços (ou não avanços) podemos a partir daí levar em conta esse processo elaborando elementos avaliativos mais significativos. A parir dessas observações constatadas e diagnosticadas durante cada bimestre o professor planeja e replaneja os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. As anotações feitas pelo professor são importantes, mas não é tudo, há necessidades dos próprios alunos fazerem suas escritas e leituras individuais sobre o que já sabem antes e o que precisam aprender.
Ao participarem das escolhas no que diz respeito à leitura e a escrita de texto, o professor sistematizará o caminho mais adequado para verificar a intensidade do entendimento de seu aluno, podendo assim buscar caminhos que venham atender as dificuldades encontradas, superando-as no processo e desenvolvimento dos trabalhos.
Quando no final de cada bimestre, os alunos cumprirem um processo analítico “prova oral e escrita” além de outros elementos (instrumentos) que indiquem uma evolução na aprendizagem e escrita e permita ao professor conhecer a memória particular que cada um aprendeu” quanto mais completa for feita a analise sobre o conhecimento cognitivo da criança mais chance terá de ajudá-lo. (Gentile e Andrade, 2001).
No caso especifico da leitura e da escrita textual Bakhtin, afirma que a interação é o principal caminho para sanarmos as deficiências desse processo de construção do principal caminho para sanarmos as deficiências desse processo de construção do aluno enquanto ser social. Para Bakhtin, o sujeito se constitui ouvindo e assimilando as palavras e os discursos do outro (sua mãe, seu pai, seus colegas, sua comunidade etc...), fazendo com que essas palavras e discussões sejam processadas de forma que se tornem, em parte, as palavras do seu sujeito e, em partes do outro. Todo discurso, segundo Bakhtin, se constitui de uma fronteira do que é seu e daquilo que é do outro. O sujeito é visto por Bakhtin como sendo imbricado em seu meio social, sendo permeado e constituído pelos discursos que circundam.
Somente levando em consideração essas especificidades da linguagem humana podemos avaliar de fato o ser com o qual lidamos no dia a dia. Fazendo do dia a dia dele o nosso dia a dia enquanto mediador de processo de aprendizagem na construção da língua e suas especificidades. Seja ela popular ou erudita. O processo de avaliação deve ser visto de dentro para fora do ser avaliado, mas sem deixar validar o que vem de fora para dentro de cada ser.
Contudo, a equipe a Escola Municipal São Pedro, vem buscando e acreditando na leitura como uma das principais portas para sanar as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem de nossos discentes e docentes.




EMBASAMENTO TEÓRICO:

“Pesquisas internacionais e nacionais são realizadas sobre a qualidade de ensino revelam que a educação de qualidade é aquela em que os alunos prendam o que é necessário para que possam vir a integrar-se e ter sucesso na sociedade. Esses alunos necessitam portanto, para aprender significativamente desenvolver e interpretar rapidamente informações, resolver problemas, tomar decisões, dentre outros aspectos. Portanto, nesse contexto, não faz mais sentido o desenvolvimento de aprendizagens meramente mecanizadas orientadas para reproduzir lições. Torna-se necessário promove-las como estimulação continua ao pensamento e desenvolvimento de habilidades mentais.”( LUCK, out./nov.2006)

È sabido que, no Brasil a leitura ainda constitui num grande problema. Contudo, há alguns anos, este problema vem sendo discutido mais abertamente nas escolas e demais aéreas educacionais. Acelera-se a corrida na busca para o Brasil deixar de ocupar um do s últimos lugares nas avaliações internacionais e nacionais, tendo como indicativo baixo conhecimentos atemáticos e em língua portuguesa (leitura e interpretação).
Da mesma maneira, como é urgente, também, no Brasil, a luta contra os salários baixos, a falta de saneamento e atendimento médico, moradia... entre outros tantos. Destas questões, acreditamos todas estarem ligada a não educação, ou seja, a educação é o ponto de partida para muitos entraves da sociedade brasileira.
Nos aqui da Escola Municipal São Pedro, estamos na defesa “que para melhorar as condições de vida do brasileiro è necessário melhorar a educação, e nos começamos com o incentivo a leitura” promovendo atividades mais prazerosas que estimulem a leitura com fluidez, buscando estratégias para que todos se sintam estimulados a ler. Fazendo assim, uma ponte onde o aluno é intermediário para a comunidade, levando para casa (comunidade) os conhecimentos adquiridos na escola.
Assim como Heloisa Luck, (2006) acreditamos também que uma Gestão Pedagógica precisa estar sempre focada na leitura a fim de promover uma educação de qualidade para os seus educandos e comunidade, promovendo assim uma educação em que os alunos realmente aprendam e que os professores realmente ensinem.

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. Ed. Cortez, 2006. 48. ed.São Paul KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura: Teoria e pratica. 7ª ed.Campinas, SP. Pontes, 2000.
KAUFAMAN, Ana Maria Rodriguèz. Escola, leitura e produção de texto: Trad.
Inajara Rodrigues. Porto legre: Artes Médicas, 1995.
LAJOLO, Heloisa. Do muno da leitura para a leitura de Mundo. São Paulo: Àtica, 1995, p. 58.
Revista Nova Escola, jun/jul. 2006. pág.40.
Revista Nova Escola, jan/fev. 2005. pág. 26 a 33.
Revista Nova Escola, abr/mai. pág. 36,50 44.
Revista Pátio, fev/abr. 2005, ano IX, Nº 33, Artmed.
Revista Presença Pedagógica, ed. Dimensão. V. 13, N° 73, jan./fev 2007.
SOLE, Isabel. Estratégias de leituras. 6ª Ed. Porto Alegre. Artmed 1998.